Ao chegar ao fim do dia, já o sol se tinha posto e com 7 graus de temperatura, o primeiro monumento que nos salta à vista é a antiga ponte romana, a via sobre o Rio Lima, que servia um dos trajetos mais utilzados entre Portugal e a Galiza, na idade média. Na outra margem, ao fundo no lado direito, a Igreja de Santo António debruça-se sob o rio, como se guardasse a passagem ao burgo medieval.
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Mas temos que aguardar pelo dia seguinte para visitar-mos a vila. A noite, o frio e a fome, obriga-nos a recolher ao Hotel Mercearia da Vila, mesmo no centro da vila, local de visita obrigatória para quem passa por estas terras...
O Hotel Mercearia da Vila é como o nome indica, uma antiga mercearia no rés-do-chão de um pequeno prédio de 2 andares. Todo o edífico pertencia aos donos da mercearia, que agora se viu renovada em hotel. A zona das refeições mantém o traço antigo da mercearia com as suas vitrines, balança, frascos de rebuçados e publicidade do antigamente. Todos os móveis que fazem parte da decoração pertencem ao espólio da casa, devidamente restaurados para nosso benefício. Os pomenores saltam à vista, como o menu, apresentado num tradicional livro de contas e escrito à mão, como antigamente. Vale a pena verem as imagens:
Ponte de Lima passou a Vila quando, a 4 de Março de 1125, a rainha D. Teresa outorgou carta de foral à vila, chamando-a Terra de Ponte. Atendendo à posição geo-estratégica de Ponte de Lima, no século XIV D. Pedro I mandou construir a muralha de nove Torres à sua volta, das quais apenas duas ainda persistem.
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A ponte construída pelos romanos foi, ao longo do tempo, ganhando grande significado em todo o Alto Minho, pois era a única passagem segura do Rio Lima até aos finais da Idade Média. Ainda hoje é ponto de passagem de milhares de peregrinos com destino a Santiago de Compostela.
As ruas estreitas são charmosas, com o comércio a emprestar cor ao local. Os cuidados são notórios, tanto nas casas decoradas com flores, como até as placas das lojas, penduradas em placas de chapa como antigamente...
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Virando costas à ponte, perdemo-nos na beleza da própria Vila, ninho de ruas estreitas e edíficos de fachadas góticas. Toda a vila está bem arranjada, limpa e organizada. As ruas são semeadas de flores em grandes vazos vermelhos, as árvores crescem rodeadas de pedra cinza, colorindo a vila de verdes e vermelhos. Há monumentos, estátuas e fontes para admirarmos, jardins e recantos agradáveis.
Chama-me especial atenção a opulência das casas senhoriais, que ao longo do tempo ajudaram a aumentar significativamente o valor histórico, cultural e arquitectónico da vila. Reparo que as lojas mantém o traço original, o pequeno comércio de proximidade é porta de visita às gentes do minho e transporta-nos na história do povo e dos seus costumes.
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Mais uma vez vou passeando de máquina fotográfica em punho, e nada me escapa... Capto imagens em todas as direções, porque me sinto fascinado pela beleza do local, por tudo estar tão bem conservado. Cada praça é sonorizada com música ambiente, com flores e esplanadas. As lojas oferecem vida, e as gentes rodopiam nas suas tarefas. Mas tudo numa calma e paz envolvente.
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A vila de Ponte de Lima fascinou-me. Gosto muito do Norte de Portugal, região que me apaixona cada vez que lá vou. Gosto de viajar de mota por aquelas estradas, envolvido pelas paisagens magníficas. Gosto do povo e de conhecer as aldeias e vilas.
Gosto de me perder nas ruas estreitas e observar os pormenores da cada espaço. Ponte de Lima foi uma agradável descoberta para mim, mais do que estava à espera. Por isso passou a fazer parte dos meus pontos de passagem obrigatórios, quando em trânsito, por ali tiver que passar.
Boas curvas!
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Holiday palace (Friday, 10 June 2016 06:15)
The you have is very useful.